Em Junho, Os Veículos Brasileiros Passarão a Ser Monitorados Por Chip's.
Após anos de discussão e polêmica, o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav) finalmente vai sair do papel. A partir de 30 de junho, o sistema criado pelo governo federal para identificar eletronicamente todos os tipos de veículos começará a ser implantado em todo o País. Sob responsabilidade dos Detrans, a previsão é que 100% da frota nacional – estimada em 70 milhões de unidades – tenha a etiqueta eletrônica até 2014. O sistema tem como objetivo maior controle e fiscalização do trânsito nas cidades e rodovias, embora traga outros benefícios – e custos – para os motoristas. Os valores da “placa eletrônica” ainda não estão estabelecidos, mas devem ficar próximos a R$ 20, pagos pelos donos dos veículos. Como funciona: Com base nos dados coletados, os diversos órgãos públicos poderão atuar em questões específicas, para melhorar o controle do trânsito, identificar gargalos, irregularidades administrativas e fiscais ou mesmo fazer o controle de rodízios e zonas de restrição de circulação. O sistema também possibilitará o rastreamento de veículos que necessitem tratamento especial (cargas perigosas, superpesadas, veículos especiais, ambulâncias) ou sejam casos de segurança pública e tenham registros de casos como roubo, sequestro e clonagem. O Denatran informa que as informações previstas no Siniav são as mesmas hoje visíveis e públicas: ano, marca, modelo, combustível, potência e placa. Não constará Renavam, chassi e outros dados. “Os veículos que sejam objeto de localização terão informações adicionais colocadas na base de dados, seja roubo/furto ou outros. Em nenhuma situação poderá constar dados pessoais do proprietário”, informa o órgão. O chip ficará no para-brisa dos carros ou em outros locais em motos e carretas – reboques e semirreboques também serão obrigados a aderir. Em caso de violação, a etiqueta será automaticamente inutilizada, para impedir a clonagem. O diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Gerenciamento de Riscos e de Tecnologia de Rastreamento e Monitoramento (Gristec), Wanderley Sigali, considera o sistema seguro. “Evidentemente, o instituto Wernher von Braun [que está desenvolvendo a tecnologia dos chips] está criando um sistema de proteção pra isso. Mas como até informações de bancos são violadas às vezes, não podemos dizer que há sistema 100% seguro”, afirma. Para o coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de segurança da NTC&Logística, “a ideia é espetacular”. Ele destaca a importância da maior fiscalização também para cobranças de tributos. “Aqui em São Paulo, a frota é de 7 milhões de unidades, e dizem que 30% não paga nada. Então, quando isso for instalado dentro da cidade, e a previsão é instalar 3 mil antenas, eles serão pegos e o município vai poder cobrar os tributos”, analisa. Maior controle
Para Sigali, “do ponto de vista técnico, não há dúvidas que seja possível equipar toda a frota até 2014. O problema são os entraves políticos, burocráticos, acordos e formalizações”. O diretor da Gristec não acredita em muitas mudanças no mercado de rastreamento e monitoramento de cargas e considera essa apenas uma tecnologia diferente, que vai ajudar a consolidar o controle. www.transporteelogística.terra.com.br
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